A Piriform, empresa responsável pelo popular CCleaner, informou nesta segunda-feira, 18, que a versão do produto para Windows foi comprometida por hackers. A plataforma já foi instalada mais de 2 bilhões de vezes e conta com mais de 5 milhões de instalações por semana apenas em desktops, mas a ação foi limitada, então nem todo usuário foi afetado.
Edições específicas do CCleaner (a v5.33.6162) e do CCleaner Cloud (v1.07.3191) para 32 bits, que são usadas por 3% da base de usuários da plataforma, foram infectadas. Uma porta-voz disse à Reuters que 2,27 milhões de pessoas baixaram o primeiro, enquanto o segundo foi instalado em apenas 5.000 máquinas.
O ataque permitia que uma pessoa não autorizada enviasse informações do computador para um servidor desconhecido. De acordo com a Piriform, os hackers conseguiam sugar o nome do computador, uma lista dos softwares instalados (incluindo as atualizações do Windows) e outra com os processos em atividade, além de informações como se os processos rodavam com privilégio de administrador e se tratava-se de um sistema de 64 bits.
O problema foi descoberto pela Avast (que comprou a Piriform em julho) em 12 de setembro, no mesmo dia em que uma versão segura do CCleaner (v5.34) foi liberada. A v5.33.6162, que vinha com problema, tinha surgido em 15 de agosto. O CCleaner Cloud v1.07.3191 foi disponibilizado em 24 de agosto e a versão segura saiu em 15 de setembro.
O servidor para onde esses dados eram enviados ficava nos Estados Unidos. A Piriform não pôde falar sobre isso publicamente antes porque vinha trabalhando com investigadores. O servidor foi fechado na última sexta-feira, 15, e a empresa diz que nenhum dano foi causado.
Para garantir isso, a Piriform contatou sites de downloads entre os dias 12 e 15 para tirar as versões afetadas de circulação, e também instou seus usuários a atualizar os softwares por meio de notificações — quem usa antivírus da Avast recebeu o update automaticamente.
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