Apesar de mais rápida, internet brasileira não acompanha crescimento global

Internet brasileira não acompanha crescimento global

O estudo “Estado da Internet”, da Akamai, foi divulgado nesta terça-feira (30) e trouxe um novo cenário da velocidade da internet no Brasil e em outros 238 países ou regiões que são considerados pela pesquisa. No país, a velocidade média ficou mais rápida, e passou para 2,9 Mbps, mas mesmo o crescimento de 11% na velocidade em relação ao trimestre anterior não impediu que o Brasil caísse para a 89ª posição do ranking, perdendo duas colocações.

Entre os 10 países ou regiões com maior velocidade média, oito deles apresentaram um crescimento de dois dígitos percentuais em comparação ao primeiro trimestre do ano. A Coreia do Sul é uma exceção, mas continua liderando a média de velocidade com 24,6 Mbps, mesmo com um crescimento de 4% no período. Hong Kong é o segundo em média de velocidade, com pico de 15,7 Mbps e crescimento de 18%.

Quando analisado ano a ano, quatro entre os 10 países que lideram o ranking (considerando 136 países) apresentaram crescimento acima de 50%, com a Coreia do Sul liderando com crescimento de 84%, segundo informações dos sites G1 e Convergência Digital.

O estudo também analisa a média dos picos de conexão com a internet que foi de 25,4 Mbps, crescimento de 20%. O maior pico foi registrado em Hong Kong, com 73,9 Mbps, enquanto os demais variaram positivamente de 2,3% no Iraque e 65% em Jersey.

Na América Latina a velocidade média sofreu uma variação com 5,6 Mbps no Uruguai e 1,1 Mbps na Bolívia. Segundo a pesquisa, Uruguai, Chile e Argentina apresentaram aumentos superiores a 30% e atingiram uma média de 5,6 Mbps, 4,4 Mbps e 4,2 Mbps, respectivamente. No Brasil, o pico de conexão teve um aumento de 13% em relação ao trimestre anterior e 8,1% na estimativa ano a ano, e atingiu média de 20 Mbps no último estudo. O país perdeu sete posições neste quesito e ficou em 89º no ranking.

Na região, ainda, o Uruguai é o país que se saiu melhor no crescimento ano a ano, com 225% de aumento, passando países como Estados Unidos e Canadá. O segundo lugar da região ficou com a Argentina, com 63% de crescimento.

Em relação aos ataques na rede, a China continua na liderança do ranking que considera 161 países. O país é a origem de 43% de todos os ataques na internet. A surpresa foi a queda dos Estados Unidos da segunda para a terceira colocação, com 13% das origens dos ataques, enquanto a Indonésia assume a segunda posição do ranking, com 15%. O Brasil também subiu uma posição no ranking, passando de oitavo para sétimo, com 1,7% dos ataques.

O número de ataques, no entanto, teve uma queda de 5% se comparado ao trimestre anterior e de 15% na relação ano a ano, sendo que no último período a Akamai registrou 270 ataques de negação de serviço (DDoS). Mesmo com uma diminuição no número total de ataques, nas Américas houve um aumento de 11% nos ataques, sendo que a região é alvo de 57% do total registrado no período.

Internet móvel e endereços IP

Na análise da velocidade da internet móvel realizada pela Akamai, 56 países entraram no ranking no segundo trimestre. A liderança na velocidade média fica com a Coreia do Sul (15,2 Mbps), enquanto o Brasil registrou 1,5 Mbps de velocidade média.
Considerando velocidades avaliadas como banda larga móvel, acima de 4 Mbps, a Dinamarca teve o melhor resultado, com 92%, enquanto Brasil, Croácia, Paraguai, Bolívia e Vietnã tiveram taxas abaixo de 1%, sendo 0,5%, 0,4%, 0,2%, 0,0% e 0,2%, respectivamente.

O estudo identificou ainda uma redução, pela primeira vez, na contagem global de endereços de IP únicos, com queda de 0,9%, em relação ao semestre anterior, mas com aumento de 4,8% se comparado com o mesmo período de 2013.
O Brasil, em contrapartida, apresentou aumento no número de IP assim como o Japão, sendo o terceiro país com mais endereços, tendo registrado um aumento de 6,7% no trimestre. O país é o único, entre os dez primeiros do ranking, que apresentou crescimento de dois dígitos desde o ano passado, assim como permanece em primeiro na adoção de novos endereços IPv4, com 43% de aumento.

4K

A Akamai também verificou os países capazes de realizar streaming de ultra alta resolução (4K), no qual seria necessária uma velocidade de 15 Mbps para que os vídeos sejam trafegados. Apenas 12% dos países possuem essa capacidade com velocidade superior à estipulada. O Brasil configura a 49ª posição do ranking (anteriormente estava em 45ª) entre 51 países e com apenas 0,6% das redes capazes de realizar streamings em 4K.

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