Blizzard se compromete a ser mais inclusiva no futuro

Blizzard se compromete a ser mais inclusiva no futuro-11JULHO2014

Em resposta a carta aberta enviada por um fã, Mike Morhaime, co-fundador da Blizzard, disse que sua companhia trata o “tópico da inclusividade de maneira muito séria” e quer evitar que jogadores se sintam mal representados em jogos da empresa. “Desejamos que todos se sintam bem-vindos, seguros e incluidos em nossos games e comunidades”, escreveu Morhaime.

“Houve momentos em que fomos vistos como desinteressados em tratar de feedback ou fazer mudanças”, continua o co-fundador. “Quero deixar claro que isso vai contra as filosofias e valores centrais sobre os quais a Blizzard foi construída e continua a operar. Vamos sempre ouvir, e constantemente vamos trabalhar duro para fazer jogos que abarquem a maior quantidade de pessoas possível.”
Morhaime cita que o trabalho ao redor destas questões vai ser contínuo, e aponta que erros ocorrerão no processo, mas garante: “sabemos que ações falam mais alto do que palavras, então estamos desafiando nós mesmos a ouvir vozes mais diversas dentro e fora da companhia e criar conteúdo e heróis mais inclusivos. Estamos também ativamente investigando nosso desenvolvimento de histórias e outros processos para garantir que nossos valores sejam completamente representados. Sempre acreditamos que a mudança positiva e duradoura vem de exame, discussão e iteração, e isso se aplica tanto a enredo quanto a jogabilidade. Não há motivo para que inclusividade seja deixada de lado a favor de uma experiência de jogo incrível.”

Telefone sem fio

A preocupação com a imagem da Blizzard e o jeito que ela comunica decisões não vem do nada. Como aponta o Gamesindustry, o passado recente da empresa foi marcado por episódios complicados. Em 2006, Sara Andrews, uma jogadora do MMORPG World of Warcraft, havia sido proibida de recrutar jogadores para uma guilda intitulada “LGBT Friendly” (ou “amigável a LGBT”). A confusão se deu porque, segundo a Blizzard, jogadores eram desencorajados a utilizar bandeiras de temas sexuais para convidar usuários a se juntar a grupos in-game. Embora Andrews houvesse deixado claro que o grupo não era fechado apenas para LGBTs, a companhia havia comunicado receio de que jogadores heterossexuais poderiam ser barrados, o que causaria “extremo desconforto para uma grande porcentagem de usuários e deveria ser evitado”, conforme a Blizzard comunicou oficialmente.

No ano passado, o diretor Dustin Browder respondeu ao RockPaperShotgun que a hiper-sexualização de personagens femininas era um passo para criar “personagens que parecem legais” e que o time “não está tentando passar mensagem alguma”. “Ninguém deve procurar isto em nossos jogos”, completou. Em maio deste ano, Rob Pardo, agora ex-Blizzard, reforçou em palestra no MIT Media Lab que “diversidade não é um de nossos valores”.

fonte: 1

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