Na internet, as propagandas estão em todo lugar e são a grande forma de faturamento da maioria dos sites que estão por aí. E, já há algum tempo, hackers vêm aproveitando esse fator onipresente para entregar malwares e ransomwares, que apesar de não comprometerem o acesso aos próprios serviços, podem levar usuários incautos a terem sérios problemas caso cliquem nos anúncios.
De acordo com matéria da revista americana PC World, sites como Disney, The Guardian e até mesmo o Facebook têm exibido anúncios maliciosos que levam os usuários a sites que instalam malwares ou ransomwares nos computadores. No primeiro caso, a ideia é instalar softwares de rastreamento para roubo de dados, enquanto o segundo, ainda mais grave, trava as máquinas das vítimas e exigem pagamento para liberação.
A descoberta foi feita pela Cisco Systems e, de acordo com a empresa, faz parte de uma grande operação criminosa que tem como objetivo infectar o maior número possível de computadores. De acordo com a empresa, esses trabalhos criminosos já estão até mesmo na mira das autoridades dos Estados Unidos, mas a ação dos hackers é bastante arrojada e, por mais que as agências do governo venham tendo sucesso na empreitada, o ataque ainda parece estar longe de ser impedido.
O alerta de segurança foi emitido após verificações realizadas pela Cloud Web Security, uma ferramenta da Cisco que analisa o tráfego online e impede os usuários de acessarem sites maliciosos. Nos últimos dias, mais de 90 domínios foram bloqueados pelo serviço, mas o que chamou a atenção da empresa foi o fato de muitos dos usuários terem chegado a eles a partir de serviços legítimos como os citados anteriormente.
Empresas de publicidade frequentemente tomam atitudes contra esse tipo de atividade criminosa, mesmo elas admitindo que não é possível garantir perfeição nesse tipo de proteção. Isso acaba ocasionando um grande problema já que, no caso de grandes redes de anúncios como o AdSense, por exemplo, potencialmente milhões de usuários acabam expostos aos anúncios maliciosos e podem clicar inadvertidamente neles.
Além disso, o boom da publicidade mobile e de sistemas de anúncios que aparecem integrados à linha do tempo, como a do Facebook, podem acabar confundindo ainda mais os utilizadores. Para quem sabe se cuidar na rede, parece óbvio, mas eles não são os alvos dos hackers, e sim os mais inocentes, que não sabem exatamente o que estão fazendo e podem acabar entregando de bandeja suas informações para os criminosos.
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