Gravadoras querem que Spotify limite tráfego via streaming gratuito

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A gente está careca de saber que gravadoras não gostam nem um pouco de serviços de streaming de música, preferindo ter controle total sobre seu conteúdo e preferindo vende-lo diretamente. Muitos músicos não pisam tão fora dessa faixa, vide Thom Yorke e Taylor Swift.

Ainda que serviços de streaming paguem pouco as gravadoras costumam relevar, porque pouco dinheiro entrando é melhor do que nenhum. Só que como querem ganhar sempre mais elas não gostam muito do modelo de streaming gratuito, e pressionam o Spotify a restringir seu uso ainda mais.

De acordo com o Financial Times a Universal Music seria a principal interessada em aumentar as restrições de usuários que não pagam pelo Spotify a ouvirem suas músicas. O CEO Lucian Grainge já expressou em ocasiões anteriores que gostaria que o serviço tivesse mais usuários pagantes, já que 70% do valor arrecadado é repassado às gravadoras. Isso sem contar que cada música executada se converte em US$ 0,007. Pode parecer pouco, mas pense no montante.

A gravadora estaria renegociando seu contrato com o Spotify e entre outras coisas gostaria que o usuário que não paga tivesse um tempo limite para ouvir músicas por mês, atuando da mesma forma que sua operadora agora corta sua internet quando você já utilizou sua cota de dados diária. O cenário ideal entretanto seria fechar totalmente o Spotify, acabando com a modalidade gratuita e obrigando todo mundo a pagar para continuar a ouvir suas músicas. Para Grainge, “o modelo de streaming com ads não é capaz de sustentar o ecossistema de criadores de conteúdo e investidores”.

Essa visão é compartilhada por outros selos. Uma fonte não identificada disse à Rolling Stone que é preciso “acelerar o crescimento do número de usuários pagantes, que é um modo mais positivo do que dizer que precisamos restringir o usuário que não paga (…) Podemos fazer isso oferecendo áudio de alta qualidade, álbuns exclusivos ou mesmo piorar a modalidade gratuita, restringindo o acervo ao usuário”.

Boa parte dos artistas também não gosta do modelo de streaming, preferindo vender suas músicas física ou digitalmente do que disponibilizá-las para reprodução, seja de forma gratuita ou em troca de alguns caraminguás por execução. A Björk é uma que já chamou o modelo do Spotify de “insano”, preferindo manter seu mais recente álbum longe do serviço. Para ela o Netflix é um bom exemplo, “pois primeiro você vai ao cinema e só depois de um tempo o filme aparece por lá”.

Que não avisem para ela então que O Tigre e o Dragão 2 terá estreia simultânea nos cinemas e Netflix.

O número de usuários de serviços como Spotify, Deezer, Rdio, Beats e similares tem crescido muito nos últimos tempos, o que acionou todos os alarmes das gravadoras e artistas, é compreensível. Nos EUA o modelo é mais popular do que a venda de CDs, saber que o YouTube prepara um serviço similar para breve não ajuda a tranquilizar as coisas, mesmo sabendo que o Google vai manter contratos gordos com os detentores de conteúdo. A ordem é não perder dinheiro, e pode ser que vejamos mudanças na oferta de músicas disponíveis para usuários não-pagantes no futuro, se essa pressão continuar.

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